- Meta lançou aplicativo independente para seu assistente de IA, competindo diretamente com ChatGPT e Google Gemini.
- O app apresenta feed social “Discover” e personalização baseada em dados do Facebook e Instagram.
- A integração com óculos Ray-Ban Meta e comunicação por voz em modo full-duplex são diferenciais tecnológicos importantes.
A Meta Platforms anunciou o lançamento de um aplicativo independente para seu assistente de inteligência artificial. O app Meta AI chega ao mercado posicionando a empresa como concorrente direta da OpenAI e Google. O aplicativo utiliza o modelo Llama 4, a mais recente tecnologia de linguagem da empresa de Mark Zuckerberg.
O assistente de IA já estava disponível integrado ao Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger. Com o novo app dedicado, a Meta busca ampliar o uso e a adoção da tecnologia. O lançamento ocorreu durante o primeiro evento LlamaCon, conferência para desenvolvedores focada nos modelos de IA da empresa.
A estratégia segue movimentos similares de competidores como Google e a xAI de Elon Musk. Os investidores observam atentamente se os bilhões investidos em infraestrutura de IA pela Meta começarão a gerar retornos. A empresa revelou anteriormente planos de investir até US$ 65 bilhões (R$ 370 bilhões) este ano para fortalecer sua infraestrutura de inteligência artificial.
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Recursos e diferenciais do Meta AI
O aplicativo Meta AI apresenta recursos de geração de imagens, edição visual e modo de voz interativo. Um diferencial importante é o feed “Discover”, que permite visualizar como amigos e conexões utilizam a IA. Os usuários podem compartilhar suas interações com Meta AI, criando uma camada social inexistente em concorrentes.
A personalização é outro ponto forte do novo aplicativo. Com consentimento do usuário, o app utiliza informações já compartilhadas no Facebook e Instagram para contextualizar respostas. O assistente pode “lembrar” preferências pessoais, como intolerâncias alimentares, para recomendações mais relevantes.
O Meta AI também oferece integração com os óculos Ray-Ban Meta. Os usuários podem iniciar conversas pelos óculos inteligentes e continuá-las pelo aplicativo. A empresa está planejando lançar ainda este ano um modelo premium de óculos com display visual integrado.

Como a tecnologia funciona na prática
O Meta AI utiliza o modelo Llama 4, competindo diretamente com tecnologias como GPT-4o da OpenAI e Gemini do Google. O aplicativo permite interações por texto e voz, além de oferecer resultados em tempo real da web. A empresa implementou um avançado sistema de processamento de linguagem natural que permite conversar naturalmente, sem pausas entre falas.
No modo de voz beta, o assistente demonstra uma personalidade mais expressiva e natural. Os usuários do EUA e Canadá receberão respostas mais personalizadas baseadas em seus perfis. A empresa afirma que o compartilhamento de informações com o feed Discover é totalmente opcional.
O assistente pode realizar tarefas como auxiliar compras, criar receitas e gerar imagens personalizadas. A função “Imagine” permite aos usuários ajustar prompts em tempo real para refinar as imagens geradas. O aplicativo também integra recursos de pesquisa do Google e Bing para fornecer informações atualizadas.
A batalha pela liderança no mercado de IA
O lançamento do aplicativo Meta AI intensifica a competição no segmento de assistentes baseados em redes neurais. Mark Zuckerberg declarou anteriormente que 2025 seria o ano em que um assistente altamente personalizado alcançaria mais de 1 bilhão de usuários. A Meta AI já conta com aproximadamente 700 milhões de usuários mensais, segundo dados divulgados pela empresa.
A empresa enfrenta concorrentes bem estabelecidos como ChatGPT e Google Gemini. Análises iniciais indicam que o Meta AI oferece respostas rápidas, mas às vezes menos detalhadas que concorrentes, com algumas inconsistências e “alucinações” em certos tipos de consultas.
A integração com o ecossistema social é o principal diferencial competitivo da Meta. A experiência da empresa com dados de usuários e personalização pode ser decisiva nessa disputa. O modelo de negócio baseado em publicidade dirigida também levanta questões sobre como os dados compartilhados com o assistente serão utilizados.